Os estudos indicam que as primeiras videiras surgiram durante a pré-história, tanto na Ásia Ocidental quanto na Europa. Nessas regiões, localizaram vestígios de folhas de videiras e sementes de uvas em cavernas, remontando a um período ancestral.

O vinho no tempo das cavernas

Os antigos habitantes dessas cavernas praticavam uma técnica rudimentar de produção de vinho. Grandes quantidades de uvas eram amassadas em pedras com formato de poças, onde a fermentação ocorria naturalmente, seguida do consumo da bebida. Tempos depois arqueólogos encontraram as pedras, com restos do material fermentado e consideram a presença dessas sementes de uva como uma evidência clara da produção de vinho nesses locais antigos.

A descoberta das uvas mais antigas

Pesquisadores descobriram as mais antigas uvas cultivadas na Geórgia (Rússia), datando de 7000-5000 a.C. Nesse mesmo período, as videiras chegaram ao Egito através do Rio Nilo, onde os egípcios se tornaram pioneiros em documentar informações sobre o vinho e seu processo de elaboração. Os registros anuais marcaram, de forma significativa, as primeiras referências datadas entre 5000-3000 a.C.. Assim teve início a história do vinho, uma das bebidas mais antigas da humanidade.

Seguidores da fé islâmica abandonaram a prática da viticultura por razões sociais e religiosas. Como resultado ocorreu a expansão dos vinhedos para regiões da Ásia Menor, Oriente Médio, Mediterrâneo, e outras partes do mundo.

A produção na Grécia

A produção atingiu seu ponto máximo na Grécia e entre os romanos, que impulsionaram significativamente o cultivo de vinhas. E a disseminação dos vinhedos se intensificou nos países europeus, incluindo Portugal, França, Itália, Espanha e outros territórios.

Cerca de 3000 a.C., a civilização grega iniciou o cultivo de videiras, o que impulsionou o comércio e as trocas entre os povos da antiguidade. Os gregos estabeleceram-se na Península Ibérica, onde desenvolveram significativamente a viticultura. Para o transporte dos vinhos, adicionavam ervas e mel, e usavam jarros de barro cozido lacrados com tecidos e resinas naturais.

A devastação causada pela Phylloxera

Por volta de meados de 1858, descobriram uma praga conhecida como Phylloxera Vastrix. Esta praga causou estragos nos vinhedos de todo o mundo, exceto no Chile e em algumas áreas isoladas. O processo de recuperação levou aproximadamente duas décadas, durante as quais realizaram várias tentativas para erradicar a Phylloxera. A solução encontrada envolveu uma técnica conhecida como enxertia, na qual inseriram variedades de uvas nobres em cepas americanas, as únicas resistentes à praga.

Durante o século XX, os avanços tecnológicos e genéticos impulsionaram um grande progresso na vitivinicultura. O desenvolvimento de novas variedades de uvas por meio de cruzamentos, a criação de leveduras transgênicas e a introdução de métodos de produção mecanizados contribuíram significativamente para a melhoria da qualidade e do sabor dos vinhos, buscando satisfazer uma ampla variedade de gostos.