A viticultura no Brasil tem uma história que remonta aos tempos coloniais. Foi com a chegada dos portugueses, em 1532, que as primeiras videiras foram introduzidas no país. A tentativa inicial, em São Vivente, não obteve sucesso, devido ao clima que não era favorável. Foi somente em São Roque, interior de São Paulo, que começaram a ter sucesso.
Somente no século XVIII que a vitivinicultura brasileira ganhou força, com a chegada dos imigrantes italianos ao sul do país. Eles trouxeram em suas bagagens cepas de uvas europeias, que se adaptaram bem ao clima e ao solo da região. Com suas técnicas e tradições vinícolas, atingiram um patamar de excelência no cultivo das parreiras e avanço nas tecnologias para a produção de vinho.
Regiões produtoras
A região sul do Brasil é conhecida por seus vinhos, além de outras regiões, como São Paulo e Minas Gerais, que também têm ganhado notoriedade na produção de vinhos de qualidade. Novas regiões promissoras, como o município de Encruzilhada, têm despertado interesse pela qualidade das uvas ali cultivadas.
Ao longo do tempo a viticultura brasileira passou por várias fases de desenvolvimento. No início, as técnicas eram rudimentares e os vinhos eram medianos. Com o investimento em tecnologia e conhecimento, a qualidade dos vinhos brasileiros melhorou significativamente. Os espumantes conquistaram reconhecimento mundial, especialmente os produzidos pelo método tradicional, semelhante ao Champagne, o que proporcionou o início das exportações do vinho nacional.
Um marco importante na viticultura brasileira foi a criação das Denominações de Origem (DO), estabelecida em 2002 no Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul. Isso ajudou a promover vinhos de alta gama no mundo, fortalecer a imagem vitivinícola e incentivar produtores a buscarem a excelência em suas práticas vitivinícolas e a valorizar as características únicas de suas regiões.
Denominações de Origem DO
Um marco na viticultura brasileira foi a criação das Denominações de Origem (DO) em 2002, no Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul. Isso ajudou a promover vinhos de alta gama, fortalecer a imagem vitivinícola e incentivar produtores a buscarem a excelência em suas práticas. E sempre valorizando as características únicas de suas regiões.
Os pequenos produtores de vinho do Brasil desempenham um papel fundamental na diversidade e na qualidade do cenário vinícola do país. Em meio aos grandes nomes e marcas estabelecidas, os menores se destacam pela autenticidade de seus vinhos, que refletem o cuidado aplicado. Muitas vezes, as técnicas são passadas de uma geração para outra. Em outros casos, um enófilo deixa de ser apenas apreciador e se torna produtor, como ocorre com a Bodega Iribarrem.
A Bodega foi fundada por Ramiro Iribarrem, profissional do ramo jurídico e fascinado pelo mundo do vinho. Em determinado momento, decidiu adquirir uma pequena propriedade para cultivar uvas e produzir seu próprio vinho. A Bodega possui um vinhedo em Bento Gonçalves, onde já existe longa tradição e cultura vitivinícola. Possui também algumas plantações na região de Encruzilhada do Sul, região que apresenta alto potencial para vinhos diferenciados e de qualidade. Com sua vinícola pronta, Ramiro formou uma equipe para acompanhá-lo nesse desafio.
Localizada na Serra do Sudeste, Encruzilhada do Sul recebe forte insolação de setembro a março. Essa qualidade do clima confere às uvas um residual de açúcar e teor alcoólico mais altos, resultando em vinhos mais intensos. Encruzilhada ainda é uma região jovem na viticultura, no entanto, especialistas garantem que ela é promissora para grandes rótulos nacionais.
Escrito por Tatiane Moretto – sommelière
